As reservas comprovadas de petróleo estão actualmente avaliadas em 6000 milhões de barris, equivalente ao ritmo actual a 10 anos de produção, mas apenas um terço com baixo custo.
A informação consta do prospecto da emissão de eurobonds. O documento de mais de 200 páginas de suporte à operação de colocação de títulos da dívida pública em moeda estrangeira, refere que foram descobertos em Angola 3700 milhões de barris de petróleo e 850 milhões de barris de gás.
"Além de expandir as reservas de petróleo de Angola, estas novas descobertas geraram substanciais pagamentos de bónus de descoberta comercial por parte de grupos de empreiteiros ao Estado", lê-se no mesmo documento.
Em 2015, a administração da Sonangol, concessionária petrolífera estatal, tinha anunciado que as reservas de petróleo em Angola estavam então avaliadas entre 3500 milhões de barris (categoria de provada) e 10.800 milhões de barris (categoria de provável).
Na informação feita aos investidores, com data deste mês, o Governo actualiza esses valores para 6000 milhões de barris de petróleo de reservas na categoria de provada e 8.200 milhões de barris na categoria de provável.
Com mais de 1,6 milhões de barris de crude por dia, o nosso país é o segundo maior produtor de petróleo no continente africano, produto que garante mais de 95 por cento das exportações nacionais. A este ritmo de produção, as reservas comprovadas garantem 10 anos de produção.
Contudo, admite o mesmo documento, 66,5 por cento das reservas estão em águas profundas, com custos de produção mais elevados, enquanto as reservas em águas rasas, mais baratas, representam 33,3 por cento.
Já o investimento no sector do petróleo, grande parte concretizado por multinacionais que operam os blocos petrolíferos, desceu de 20.190 milhões de dólares em 2014, para 5.945 milhões de dólares em 2017.